Immortal Technique - Revolutionary - Vol.2

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Nascido em um hospital militar no Peru em 1978, Immortal Technique (Felipe Coronel) mudou-se para o Harlem com os pais quando tinha 2 anos de idade. Começou a se envolver com a cultura Hip-Hop aos 9 anos e na adolescência era o que podemos chamar de "garoto problema" e mesmo sendo aceito na Penn State University, Tech acabou sendo preso e cumpriu pena de um ano. O que para muitos seria apenas uma fase negativa da vida, para Immortal Technique serviu como um grande aprendizado, pois foi na prisão que ele começou a estudar sobre a imigração de latinos para os Estados Unidos da América e também as biografias e ideias de grandes revolucionários como Ernesto "Che" Guevara, Malcolm X, Símon Bolivar, etc. E foram estes estudos que o incentivaram a escrever e encarar o Hip-Hop de uma forma política.
Com uma habilidade incrível com as palavras, estilo agressivo e rimas provocativas, como por exemplo:

"They say the rebels in Iraq still fight for Saddam
But that's bullshit, I'll show you why it's totally wrong
Cuz if another country invaded the hood tonight
It'd be warfare through Harlem, and Washington Heights
I wouldn't be fightin' for Bush or White America's dream
I'd be fightin' for my people's survival and self-esteem"

Este disco é o segundo da discografia de Tech e na minha opinião é um dos mais maduro e bem produzidos. É ideal que se ouça esse disco acompanhando as letras (Se você fala inglês é claro) para entender as sacadas na acidez das rimas de Immortal Technique.

Aproveitem!

Danava [2006] Danava

domingo, 8 de fevereiro de 2009


Seguindo a onda de meu ultimo post, mando mais um album na linha de som de onde o Graveyard tanto bebe. Mas não espere desta vez aquela melodia facilmente perceptivel no hard-rock do Graveyard, pois o Danava estaria muito mais próximo de um Obelix lissérgico jogando Galaga às 6 da manhã. Este é o album de estréia da banda, nativa de Portland, Oregon, cujo set difere pouco da demo que lançaram em 2005

Myspace

Danava[2006]Danava

Kayo Dot

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Kayo Dot abrange uma gama muito rica de subgêneros, atmosferas e estruturas em sua composição, que vão desde a música erudita do século XX à la Stravinsky e Penderecki a grupos como Neurosis , Godflesh, Sigur Rós, Pink Floyd,regada ainda a toques de psicodelia e jazz, formando os ingredientes necessários para a sua alquimia sonora densa, hermética e por muitas vezes melancólica que constitui as suas músicas. Estou postando o mais recente o Blue Lambency Downward ,pois na minha humildade opinão e o melhor
o do ano passado.

http://rapidshare.com/files/194934376/Kayo_Dot-Blue_Lambency_Downward.rar.html


Carlos Dafé - Pra que vou recordar

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Para aqueles que dizem que eu não gosto de música brasileira, está ai a resposta!
Esse é o primeiro disco de um dos mais influentes e importantes cantores da soul-music brasileira, ao lado de Tim Maia e Cassiano. O carioca Carlos Dafé iniciou sua carreira musical como crooner e a partir daí aperfeiçoou sua técnica vocal e se aventurou pelas praias da black music. sua formação musical se deu através de seu pai que o introduziu nos meandros do samba, do choro e de toda a malandragem carioca.
Para aqueles que acham que a soul-music brasileira começa e termina em Tim Maia, esta é uma ótima oportunidade de ouvir um dos reis dos bailes blacks dos anos 70 no Brasil. Let's get funk!

Aproveitem!

The Drift - Memory Drawings

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Este é o quinto disco desta proeminente banda de ambient rock/ jazz, e foi lançado em abril de 2008 pelo selo Temporary Residence, famoso por colocar no mercado bolachinhas de grandes bandas atuais da cena independente norte americana. Sem sombra de dúvida, foi o melhor lançamento que ouvi no ano passado. Formada em São Francisco, a banda conta hoje com seu line-up formado por Rich Douthit, Danny Grody, Jeff Jacobs e Safa Shokrai. Construindo melodiosas e interessantes passagens melancólicas e atmosféricas, o The Drift não se torna por um segundo tedioso ou por demais pretensioso. Memory Drawings foi inteiramente gravado com recursos vintage pelo produtor Jay Pelicci, o que lhe configura uma aura mítica dos grandes discos de jazz dos anos 50 e 60. O que temos aqui é uma musicalidade bastante limpa e emotiva, mas que sempre acerta em colocar notas nos lugares corretos e valorizar as estruturas melódicas criadas pelo seu inusitado leque de texturas e tonalidades, com especial atenção ao trompete de Douthit. O mais interessante na bolachinha (ou no vinil) é a singular incursão de passagens jazzy compondo interlúdios entre os harmônicos de guitarras. De uma beleza e melancolia impares. Tudo muito bem estruturado e de bom gosto. Para ouvir e viciar.

Graveyard - Graveyard


Album de estréia da banda stoner sueca que tem como influências diretas Black Sabbath, Led Zeppelin, alguma coisas de Blue Cheer e hard rock da década de setenta. Definitivamente algo novo a ser ouvido se você gosta dessas bandas.

Graveyard [2007] graveyard

Medeski, Martin & Wood - Radiolarians I

Se procurarmos por nomes relevantes para a nossa geração em termos de Jazz, com certeza entre estes nomes estaráam os de Medeski, Martin & Wood. Genialidade é pouco quando se trata deste trio que consegue misturar estruturas complexas de improvisação, ao groove fácil e acessível do Soul-Jazz. Utilizando elementos eletrônicos e muito bom gosto nas composições, o trio está na ativa desde 1992 e já passou pelo Brasil (Quem teve a oportunidade de vê-los no Sesc Vila Mariana, eu sei que não se arrependeu). Neste disco MM & W fazem uma experimentação interessante, invertendo a lógica da música comercial. Todos nós quando vamos à um show, queremos ouvir as nossas canções preferidas já gravadas, para podermos cantar, dançar e sacudir. Mas aqui não! O Padrão compor - gravar - tocar ao vivo é deixado de lado. Neste disco o trio toca diretamente para a platéia para perceber como esta reage e o resultado desta reação se consolida no projeto Radiolarians I, II, III. É compor - tocar - pra só depois gravar o que já está sendo tocado. Inclusive o Radiolarians II foi experimentado aqui em São Paulo.

Aproveitem!