Viny Deriva - Do or do not [EP-2011]

terça-feira, 1 de março de 2011
Depois de alguns meses brincando, fuçando, acertando, errando e quebrando a cabeça em softwares de produção musical, finalmente consegui terminar algo que eu ache digno de mostrar para os amigos e interessados. Neste EP intitulado "Do or do not", tentei captar um pouco da cena londrina de Dubstep e Grime, estilos que tenho ouvido muito nos últimos tempos, mas fazendo ao meu modo, do meu jeito. Sem pretensões de ser um produtor profissional, com recursos extremamente escassos, apresento para vocês 6 canções totalmente Lo-Fi e influênciadas pelo meu universo pessoal. A arte foi feita pelo meu amigo e designer de sempre Arnaldo Mike e em breve teremos mais novidades relacionadas a essa parceria. Por enquanto, ouçam, critiquem, xinguem e interajam com o som!

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Souls of Mischief - Montezuma's Revenge

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Se vocês acham que só o blog estava parado, precisando de atualizações, estão enganados. Acho que eu também estava precisando me atualizar em termos de lançamentos. No final de 2009, um dos melhores grupos de rap dos anos 90, o Souls of Mischief, lançou o albúm "Montezuma's Revenge" e eu só fiquei sabendo ontem, durante a session de skate com os amigos das antigas.
Acabei de conseguir o disco e já dei duas ouvidas antes de postá-lo aqui no blog e minhas conclusões foram: É o Souls of Mischief!
Se o disco de estréia, "93 'til infinity" soa como se tivesse sido produzido ontem, o disco "Montezuma's Revenge" poderia muito bem ter sido produzido em 1993, pois o quarteto de Oakland sabe como fazer música atemporal. As caixas bem secas e o baixo bem marcado são características marcantes do grupo, que sempre flertou com o jazz, o funk e outras ramificações da música negra. Apesar da mudança perceptível no timbre de voz dos Mc's, efeitos de mais de uma década de rap, o flow agora mais maduro, faz com que o disco tenha uma atmosféra totalmente adulta. É rap para quem é do rap, sem apelo comercial ou canções com refrão para cantar junto, é seco, sujo e firme. É o Souls of Mischief do coletivo Hierogliphycs. Preciso dizer mais alguma coisa?

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Dub FX - Live in the street 2007

terça-feira, 13 de outubro de 2009
Todo mundo já ouviu falar em beatbox, que é a reprodução de batidas eletrônicas de rap, drum 'n' bass, jungle, techno, etc, feitos com a boca. Nos últimos anos a arte de reproduzir essas batidas ganhou uma certa notoriedade, quando um artista destes chegou a final de um famoso reality show de calouros da música nos Estados Unidos.
Eu sempre achei o beatbox divertido, mas nunca levei muito a sério a parada. Até conhecer o Dub FX. Este artista conseguiu levar o beatbox a um outro nível, com o uso de sintetizadores, delays, entre outros efeitos, ele consegue não só reproduzir batidas já existentes, mas criar novas possibilidades dentro do beatbox. Além disso, Dub FX é um ótimo MC e Raggaman, cantando em suas próprias batidas. Dub FX costuma se apresentar nas ruas das grandes cidades européias, com todos os seus equipamentos e as vezes com apoio de outros músicos. O artista lançou em 2009 o disco "Everything a Ripple", que em breve estará aqui no Internacional Pesado, mas por enquanto fique com o "Live in the streets 2007" que são músicas selecionadas de suas apresentações ao vivo, mas com uma excelente qualidade e criatividade inquestionável. Dub Fx sem dúvida nenhuma é uma das maiores inovações na música "eletrônica" dos últimos anos.

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Converge - Axe to Fall

segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Quem está antenado na cena punk/hardcore, com certeza já ouviu falar no Converge, uma das bandas mais influentes dos últimos 10 ou 15 anos. A banda surgiu em Boston, mais ou menos em 1991 e após alguns EPs, lançaram o primeiro disco cheio em 1994, intitulado "Halo in a Haystack". Passaram por algumas mudanças na formação, mas as duas principais mentes da banda, o vocalista e artista visual Jacob Bannon e o Guitarrista Kurt Ballou, sempre permaneceram juntos durante o processo de amadurecimento sonoro do quarteto, que atualmente conta com Nate Newton (baixo) e Ben Koller (bateria). Lançando discos incríveis no decorrer da carreira, como a obra prima "Jane Doe" o Converge, construiu sua sonoridade através da mistura do hardcore-punk com o metal extremo, aliando a técnica de um estilo à furia do outro, tudo dentro de uma atmosféra caótica e apocalíptica. Sem dúvida nenhuma, é uma das bandas mais inovadoras do Hardcore, com músicas intensas e agressivas, marcadas pelas linhas de guitarra hipercomplexas de Ballou e o vocal distorcido e caótico de Bannon. A preocupação músical também pode ser vista na parte visual, pois a banda lança discos cujas capas são dignas de serem penduradas na parede de qualquer galeria.
E finalmente após o ótimo disco de 2006, "No Heroes", eles voltam com mais uma paulada intitulada "Axe to Fall". A sonoridade lembra bastante a do disco anterior, onde Jacob arrisca uns vocais mais limpos e sem tantos efeitos de distorção, músicas hora velozes, hora arrastadas e muito peso! Com certeza o Converge é uma das minhas bandas favoritas (tenho até referência no corpo rs!) e eu não posso morrer sem vê-los ao vivo!

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Mos Def - The Ecstatic

quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Tá ai, o tão esperado quarto albúm solo de um dos melhores MC's que já viveram no planeta terra. Dante Smith, "The Boggie man" ou mais popularmente conhecido como Mos Def. Lembro a primeira vez em que ouvi ele rimar, juntamente com outra fera do microfone Talib Kweli, na dupla que eles formaram chamada Black Star. Já achei incrível as melodias que Mos Def criava nas linhas vocais, que se diferenciavam completamente do "flow" de outros MC's. Logo depois veio o primeiro albúm solo, "Black on both sides" que na minha modesta opinião é o disco que fecha os anos 90 com chave de ouro. Os dois discos seguintes, The New Danger (2004) e True Magic (2006) não me chamaram muito a atenção. Pensei: Será que o Mos Def já era?
Pergunta idiota, porque quando um cara tem talento uma hora ou outra ele sempre surpreende. E ai está a surpresa, The Ecstatic.
O disco é bom do começo ao fim, instrumentais trabalhadíssimos que flertam com o jazz e a soul music, tempos quebrados e criativos conduzidos por melodias e rimas matadoras. É o tipo de disco que te pega de primeira, você nem precisa se forçar a gostar. Destaco as músicas "No hay nada más" onde Mos arrisca um "spanenglish" e a que vem na sequencia, intitulada "Pistola" cujo refrão tem uma das melodias mais bonitas já feitas no Hip Hop.
Um puta disco, de um puta artista, que além de cantar e rimar com extrema qualidade, ainda é um ótimo ator.
Palmas para o Boggie Man!

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The Bellrays - Have a little faith

segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Em 1990 a vocalista Lisa Kekaula e o guitarrista Bob Vennum formaram o The Bellrays. Aproveitando o vozeirão quase Tina Tuner de Lisa, a dupla começou a carreira com uma sonoridade que se aproximava do R&B sessentista e mais tarde com a entrada do guitarrista Tony Fate, e a mudanã de Vennum para o baixo, a banda incorpou e modificou o seu som adicionando influências Punk-Rock ao vocal soul de Lisa Kekaula, uma coisa tipo som de Detroit, The Stooges, MC5, misturada ao swing de James Brown.
O que mais impressiona na banda, sem dúvida, é a voz da vocalista. Poderosa e com uma performance de palco enérgica, Lisa poderia facilmente ser eleita uma das musas atuais do rock & roll, colocando a hype vocalista do The Gossip no bolso. A primeira música deste disco, "Tell the lie" é uma paulada sonora, com um swing incrível, que faz qualquer um sair levantar da cadeira e sair andando. Com linhas de guitarra bem construídas e peso na medida certa, The Bellrays é a banda ideal para quem tem a alma do funk e a força do punk.

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The for carnation - The for carnation

terça-feira, 22 de setembro de 2009
Dificilmente eu posto algum disco que eu não conheça ou não tenha ouvido aqui, mas quando é uma camarada com bom gosto garantido que pede, como neste caso, é possível abrir uma exceção. Então, este disco é para o amigo santista Leonardo Marques.
The for carnation é uma banda de post-rock, formada em 1994 em Louisville, Kentucky. O único membro fixo da banda Brian McMahan, que também já tocou com Will Oldham, foi guitarrista do Slint e do Squirrel Bait. Esse disco foi lançado pelo selo Touch and Go records em 2000. A banda ainda inclui membros da consagrada banda de Chicago, Tortoise e também da banda Shipping News.


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